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ÉVORA JAZZ FEST AFIRMA-SE NO PANORAMA NACIONAL

ÉVORA JAZZ FEST AFIRMA-SE NO PANORAMA NACIONAL

Se a primeira edição do Évora Jazz Fest foi nomeada para os Iberian Festival Awards não será de estranhar – tendo em conta o sucesso desta segunda edição com 3 dias de Teatro Garcia de Resende quase sempre cheio – que o mesmo possa suceder este ano. A organização da Câmara de Évora com produção da Euphonia trouxe-nos, durante o último fim de semana, um conjunto de 8 concertos, 5 apresentações de combos, workshop’s e uma exposição de fotografia de Anabela Carreira. Tudo com selo de inegável qualidade.

Para além de nomes consagrados como os de Victor Zamora, Carlos Barretto ou José Salgueiro, houve também espaço para descobrir novos talentos que são já certezas no meio jazzístico português: Ricardo Toscano, Elisa Rodrigues e Isabel Rato são exemplos a destacar. Os artistas locais não foram esquecidos com as atuações de Seven Dixie, da Orquestra de Jazz da Universidade de Évora ou do grupo Beck & Lopes.

Ontem, domingo, 17 de março, o excelente concerto de encerramento coube aos galegos Sumrrá, um trio composto por Manuel Gutierrez, no piano, Xacobe Martínez, no contrabaixo e L. A. R. Legido, na bateria. Juntos há 18 anos, os músicos brindaram-nos com o espetáculo “6 Mulleres”, uma homenagem à luta feminina num tributo a 6 mulheres poderosas que foram e continuam a ser fonte de inspiração para a luta por um futuro melhor para toda a humanidade: Frida Khalo (México), Rosa Parks (América), Rosalía de Castro (Espanha), Quin Jin (China), Malala Yousafsai (Paquistão) e Nawal ElSaadawi (Egipto).

Depois de Sumrrá, o fim de festa fez-se com o improviso de Beck & Lopes, acompanhados por Felippe Figueiredo e Rafael Focunbierta. Antes, pela tarde, apresentaram-se os combos dos alunos das escolas EJB, OFA e JB Jazz, para além do já referido concerto da Orquestra de Jazz da Universidade de Évora.

O “Évora Jazz Fest” veio para ficar e assume uma particularidade única: demarca-se dos demais eventos similares do panorama nacional por fazer do jazz um elemento de ligação entre diversos estilos artísticos, ou, se se preferir, por fazer do jazz um eixo central para o desenvolvimento de várias artes.

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