ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE ÉVORA REALIZOU AUDIÇÃO COM REITORA DA UNIVERSIDADE DE ÉVORA
O evento é o primeiro de uma série de conversas que serão dinamizadas ao longo do mandato com diferentes instituições, abordando temas de importância crucial para Évora e para o Alentejo. Permitem também aos deputados conhecer melhor as instituições e os recursos que dispõem com vista a enfrentar os problemas regionais em conjunto e concertar estratégias para a sua resolução.
Nesta Audição a Reitora centrou a sua intervenção no desenvolvimento do Concelho e do Alentejo, diagnosticando também as diversas fragilidades, assim como desafios que se colocam ao ensino superior e visão a ter para os ultrapassar, nomeadamente no que respeita à Universidade de Évora. Uma redefinição das políticas públicas é fundamental.
Seguiu-se um leque variado de questões colocadas à convidada por parte da audiência, que abordaram desde o edificado da Universidade, formação de professores, passando pelos cursos actuais e a criar, alojamento estudantil, fixação de população, entre outras.
O Presidente da Assembleia Municipal, Jorge Araújo, reconheceu a importância da regionalização do acesso dos jovens ao conhecimento, uma das grandes conquistas do Portugal democrático, com os jovens de todo o País, inclusive das aldeias, a conseguirem acesso a cursos superiores e as universidades do interior posicionadas como agentes formadores de professores do ensino secundário. Constatando que esses professores estão hoje com 40 anos de serviço e registando-se já uma carência destes, o Presidente inquiriu a Reitora se a Universidade vai voltar a formar professores do1o e 2o Ciclo, tendo esta respondido afirmativamente.
Por seu turno, o Presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá, referiu mais algumas áreas a ter atenção nos próximos anos e a necessidade de uma visão estratégica e de maior cooperação entre instituições. Mencionou ainda questões onde a Universidade de Évora tem igualmente uma participação de relevo como a construção do Hospital Central do Alentejo e respectiva Escola de Saúde, a investigação empresarial e a formação, as alterações climáticas e o alojamento estudantil. O autarca defendeu ainda a necessidade de uma nova visão do interior do País por parte do Estado Central por forma a resolver as assimetrias existentes, comparativamente às regiões litorais, nomeadamente às metropolitanas.
Fonte: C.M. Évora.