Tomou posse dia 02 de Novembro como Presidente do Politécnico de Portalegre, Luís Carlos Loures, que sucede a Albano Silva.
Luís Loures é Arquiteto Paisagista e Engenheiro Agrónomo, Doutorado em Planeamento e com Agregação em Engenharia Agronómica e Florestal. Autor de mais de duas centenas de publicações técnicas e científicas a nível nacional e internacional, o agora Presidente do Politécnico de Portalegre, iniciou a sua carreira académica enquanto investigador e professor convidado na Michigan State University (EUA), e na Universidade de Toronto (Canadá), enquanto desenvolvia a investigação conducente ao seu trabalho de Doutoramento.
Durante a sua carreira académica lecionou em vários cursos de diferentes universidades, incluindo a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Letterkenny Institute of Technology – Irlanda, e a Universidade do Algarve, principalmente nos campos da arquitetura paisagística, do planeamento urbano e ambiental e da sustentabilidade.
Luís Loures, eleito para o quadriénio 2021/2025, por unanimidade do Conselho Geral do Politécnico de Portalegre, no passado dia 08 de setembro, é o mais novo a ocupar o cargo de Presidente.
Na cerimónia que decorreu no auditório Francisco Tomatas, no Campus Politécnico de Portalegre, foi ainda empossado no cargo de Vice-Presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, o Professor Fernando Rebola, que até ao momento exercia o cargo de diretor da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS), unidade orgânica do Instituto Politécnico de Portalegre.
Tomaram também posse como Pró-Presidentes, os Professores Artur Romão, Maria José Ascensão, Paulo Ferreira e Vera Barradas, e como Diretores das Escolas Superiores do Politécnico de Portalegre, João Alves (Escola Superior de Educação e Ciências Sociais), Miguel Serafim (Escola Superior de Tecnologia e Gestão), Rute Santos (Escola Superior Agrária de Elvas) e Helena Arco (Escola Superior de Saúde), numa cerimónia que contou com várias intervenções e um momento musical a cargo de Raquel Guerra.
No discurso da tomada de posse o agora Presidente do Politécnico de Portalegre, salientou a importância da cooperação, referindo que é imperioso fomentar o envolvimento de todos os parceiros, e que só cooperando, a região se pode tornar competitiva num país demasiado desequilibrado do ponto de vista da ocupação territorial, o que acarreta dificuldades acrescidas às Instituições de Ensino Superior situadas no interior.
Referiu ainda que “Urge implementar estratégias capazes de mitigar os efeitos da interioridade e combater aquilo a que costuma chamar, em jeito de brincadeira, o planeamento de “rabo na boca” em que não há porque não se faz, e não se faz porque não há”, referindo também que “embora existam fatores exógenos, muitas vezes incontroláveis ou difíceis de prever, existe também um largo número de fatores endógenos, que temos a responsabilidade de explorar, e que em conjunto permitirão que nos tornemos mais competitivos, aumentando a nossa capacidade de atração e fixação de estudantes, docentes e investigadores, pessoal técnico e empresas, que juntos funcionarão como mecanismo de reforço positivo do próprio sistema.”
Na apresentação daquele que pretende ser o rumo para os próximos 4 anos, referiu que “Tendo feito parte da equipa da presidência nos últimos 4 anos, e acreditando genuinamente no rumo traçado, na estratégia implementada e no trabalho desenvolvido ao longo deste período, pese embora os mandatos sejam sempre influenciados pelas lideranças, o plano de ação que propus pretende dar continuidade o rumo traçado, e neste sentido, a novidade, se é que lhe podemos chamar assim, e o desafio que diariamente tentarei incutir a todos, não só aos que integram a equipa hoje apresentada, mas a toda a família IPP (professores, investigadores, estudantes, colaboradores, alumni, parceiros) terá por base a aplicação da máxima adotada pelo Comité Olímpico Internacional em 1984, “Citius, Altius, Fortius”, que em Latim significa “mais rápido, mais alto, e mais forte”, um lema que apela à ideia de superação e de luta pela excelência. Acredito que é este o caminho, e acredito que se o trilharmos seremos bem-sucedidos!”
Sob o mote UM POLITÉCNICO GLOCAL, referiu que “pretende ser um Politécnico capaz de desenvolver respostas locais aos desafios globais; de criar condições para garantir a igualdade de oportunidades para todos; capaz de promover os objetivos do desenvolvimento sustentável, fomentando a gestão colaborativa baseada em princípios de rigor, transparência e reconhecimento do mérito; Um Politécnico que valorize a inovação e a liberdade cientifico-pedagógica; que promova a saúde, o bem-estar e respeito pelo próximo” dando resposta a 3 objetivos e compromissos que considerou fundamentais para o sucesso do Politécnico durante os próximos 4 anos:
– “O primeiro e principal compromisso é com as pessoas. Com toda a comunidade académica, professores, investigadores, pessoal técnico, administrativo e de gestão, cujo espírito de missão, dedicação e compromisso institucional, têm contribuído de forma marcante para o sucesso do Politécnico de Portalegre. É justo por isso, que implementemos medidas capazes de fomentar um ambiente motivador, que reconhecendo o mérito e valorizando a carreira, contribua decisivamente para aprofundar o sentimento de comunidade, fundamental para que continuemos a crescer, melhorar e inovar. Uma comunidade motivada, estará seguramente mais próxima do sucesso!”
“O segundo objetivo está ligado à qualidade, diversificação e reforço da atratividade da oferta formativa, considerando não só a dinamização de novas ofertas formativas conferentes ou não de grau, alinhadas não só com as necessidades de formação, qualificação e requalificação a nível local, regional e nacional, mas também com as Estratégias de Especialização Inteligente, e com as dimensões e linhas de financiamento estabelecidas no Plano de Recuperação e Resiliência.”
“O Terceiro objetivo, cruza dois eixos estratégicos nos quais alicerçou parte do plano de ação para o próximo quadriénio e que constituem fatores determinantes para o posicionamento, competitividade e desenvolvimento do Politécnico de Portalegre – a investigação, a inovação, o empreendedorismo e a valorização do conhecimento.”
Na sua primeira intervenção enquanto Presidente, reiterou ainda “o total empenhamento do Politécnico de Portalegre junto de todos os nossos parceiros”, e que “só com uma atitude colaborativa por parte do Politécnico dos Municípios e das empresas será possível agilizar processos, partilhar ferramentas e consensualizar estratégias que permitam à região receber e fixar cada vez mais estudantes”, finalizando com uma mensagem de disponibilidade total do Politécnico para com a região e o país: “aqui estaremos durante os próximos 4 anos, eu e a minha equipa, prontos para dizer sim, a todos os desafios!”