UNIVERSIDADE DE ÉVORA ASSINALA DÉCADA DO CICS.NOVA.UÉVORA
CONFERÊNCIA DE ELÍSIO ESTANQUE MARCA CELEBRAÇÃO DOS DEZ ANOS DO CENTRO DE INVESTIGAÇÃO.
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O polo local do CICS.NOVA.UÉvora assinalou o décimo aniversário na Universidade de Évora.
A Universidade de Évora assinalou, a 12 de dezembro de 2025, o décimo aniversário do polo local do CICS.NOVA.UÉvora, um centro de investigação em ciências sociais. A celebração incluiu uma conferência proferida pelo sociólogo Elísio Estanque, figura destacada da sociologia portuguesa, focada na relação entre biografia, nostalgia e sociologia pública, conforme comunicado pela instituição.
Relevância Científica e Territorial
Este marco temporal sublinha a consolidação do CICS.NOVA.UÉvora no panorama científico nacional e regional. A unidade tem contribuído para o desenvolvimento de investigação interdisciplinar, com impacto em diversas áreas do conhecimento e na fixação de quadros qualificados na região. A discussão promovida no evento reforça o papel da sociologia na análise crítica das transformações sociais e na sua intervenção no debate público.
Enquadramento Institucional
O CICS.NOVA.UÉvora integra o Instituto de Investigação e Formação Avançada (IIFA) da Universidade de Évora, sendo reconhecido pela sua relevância no ecossistema científico da instituição. Ao longo da última década, o centro tem demonstrado crescimento, evidenciado pela evolução positiva na sua avaliação pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), onde obteve a classificação de “excelente”. A sua estrutura organizacional, assente na multipolaridade, permite uma identidade distribuída e diversa, com o polo de Évora a desempenhar um papel significativo na investigação robusta e no desenvolvimento territorial.
Sessão Comemorativa e Perspetivas Futuras
A sessão comemorativa, que decorreu na Sala 124 do Colégio do Espírito Santo, reuniu investigadores, docentes, estudantes e parceiros institucionais. A mesa de abertura contou com a participação de André Carmo, coordenador do CICS.NOVA.UÉvora, Rui Salgado, diretor do IIFA, e Dalila Cerejo, diretora do CICS.NOVA.
André Carmo sublinhou o contributo de investigadores ligados à fase inicial do CICS.NOVA.UÉvora, referindo, entre outros, Saudade Baltazar e Carlos Silva, e delineou prioridades futuras, incluindo o fortalecimento do espírito de comunidade, o envolvimento de pós-graduados e o recrutamento de novos investigadores, além da manutenção da classificação de excelência da FCT.
Rui Salgado reforçou o significado do centro para a Universidade de Évora, salientando o seu impacto em vários ciclos de estudo e a sua capacidade de fixar profissionais qualificados na região. Dalila Cerejo, por sua vez, enalteceu o modelo multipolar do CICS.NOVA, sublinhando a contribuição do polo de Évora para um ecossistema interdisciplinar e para o desenvolvimento regional, e a necessidade de preservar a memória crítica da unidade.
O ponto central do evento foi a conferência de Elísio Estanque, professor jubilado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e investigador do Centro de Estudos Sociais. Na sua intervenção, explorou a interligação entre memória, percursos biográficos e envolvimento cívico, abordando o papel da sociologia pública na compreensão das desigualdades e das transformações sociais contemporâneas. Reconhecido pelo seu trabalho em áreas como desigualdades sociais, trabalho, classes sociais, juventudes e movimentos sociais, Elísio Estanque tem sido uma voz influente na consolidação de uma sociologia crítica e comprometida com a esfera pública.
O debate subsequente à conferência contou com as intervenções de Carlos Gonçalves, geógrafo, e Mara Clemente, socióloga, ambos docentes da Universidade de Évora e investigadores do CICS.NOVA.UÉvora, que enriqueceram a discussão sobre os temas apresentados.

