UNIVERSIDADE DE ÉVORA EM PROJETO EUROPEU PARA MAPEAR ACESSO A ALIMENTAÇÃO E EXERCÍCIO EM ZONAS RURAIS
INICIATIVA DESERT, COM DURAÇÃO ATÉ 2027
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O projeto europeu DESERT, com a Universidade de Évora, identifica no Alto Alentejo áreas com reduzido acesso a atividade física para orientar políticas públicas até 2027.
INICIATIVA DESERT, COM DURAÇÃO ATÉ 2027, ABRANGE O ALTO ALENTEJO E VISA IDENTIFICAR “DESERTOS ALIMENTARES E DE ATIVIDADE FÍSICA” PARA INFORMAR POLÍTICAS PÚBLICAS
A Universidade de Évora está a participar no projeto europeu DESERT (Diet and Exercise Strategies for Equity in Rural Territories)
, uma iniciativa científica que tem como objetivo identificar e analisar as zonas rurais europeias onde o acesso a alimentos saudáveis e a oportunidades para a prática de exercício físico é reduzido. O projeto, coordenado pela Universidade de Zaragoza e com conclusão prevista para 2027, foca-se em três regiões específicas: o Alto Alentejo, em Portugal, a província de Teruel, em Espanha, e a Anatólia Central, na Turquia.
A investigação parte do pressuposto de que a escassez de recursos e a fragmentação de serviços nestes territórios criam obstáculos estruturais à saúde das populações, especialmente as mais isoladas, envelhecidas ou vulneráveis.
OBJETIVOS E METODOLOGIA
O projeto DESERT visa mapear detalhadamente os chamados “desertos alimentares” e “desertos de atividade física”. Segundo Jorge Bravo, docente do Departamento de Desporto e Saúde da Universidade de Évora e investigador do Comprehensive Health Research Centre (CHRC), o trabalho procura compreender como estas limitações afetam a saúde e o bem-estar dos habitantes e, a partir daí, apoiar a criação de respostas mais eficazes, baseadas em dados concretos.
A iniciativa pretende ir além de um simples mapeamento, desenvolvendo perfis detalhados que possam servir de base para a definição de políticas públicas e para orientar investimentos em serviços essenciais. Um dos objetivos centrais é também definir e operacionalizar o conceito de “deserto de exercício físico”, contribuindo para a criação de estratégias que promovam a saúde e a equidade social nestas comunidades.
IMPACTO REGIONAL E FUTURO
O estudo aborda a problemática dos “desertos de serviços humanos”, áreas onde a população enfrenta barreiras significativas no acesso a saúde, educação ou telecomunicações, uma fragilidade que se tornou mais visível após a pandemia de COVID-19. O investigador Jorge Bravo sublinha que o projeto pretende dar visibilidade a comunidades que têm sido sistematicamente subfinanciadas, produzindo conhecimento com impacto real na agenda política.
Através de uma abordagem colaborativa e multissetorial, com equipas locais e parceiros institucionais, a investigação irá analisar os obstáculos existentes e propor estratégias para reforçar o investimento e as infraestruturas. Conforme reforça o docente, a prática de atividade física depende do ambiente envolvente, e a ausência de espaços seguros e acessíveis aumenta o risco de doenças crónicas.
Espera-se que os resultados do DESERT ajudem a orientar políticas públicas e a atrair recursos para reduzir as desigualdades territoriais, melhorando o acesso a uma nutrição diversificada e a programas de exercício físico.

