VIAJAR SEM PRESSA: SEIS MORTES EM 2.788 ACIDENTES NUMA SEMANA
ANSR, GNR E PSP REGISTAM 23.724 INFRAÇÕES; MENOS FERIDOS GRAVES FACE A 2024
A campanha “Viajar Sem Pressa” registou seis vítimas mortais e 50 feridos graves, assinalando menos mortes e feridos graves que no período homólogo de 2024.
Entre 14 e 20 de outubro, decorreu em todo o país a campanha nacional de segurança rodoviária “Viajar Sem Pressa”, promovida pela ANSR, GNR e PSP, com o objetivo de travar o excesso de velocidade — um dos principais fatores de risco nas estradas. O balanço mostra 2.788 acidentes, 6 vítimas mortais, 50 feridos graves, 944 feridos leves e 23.724 infrações. Apesar de se registarem mais ocorrências do que no período homólogo de 2024, houve menos vítimas graves e mortais. As seis vítimas mortais eram cinco do género masculino e uma do género feminino, com idades entre os 19 e os 75 anos.
DADOS PRINCIPAIS (14–20 outubro)
- 2.788 acidentes
- 6 vítimas mortais
- 50 feridos graves
- 944 feridos leves
- 23.724 infrações
BALANÇO NACIONAL DA CAMPANHA “VIAJAR SEM PRESSA”
No âmbito da campanha, foram fiscalizados 5.603.754 veículos (por radar e presencialmente). As forças de segurança fiscalizaram presencialmente 49.873 veículos e 5.553.881 foram controlados por radar, dos quais 5.131.257 através do SINCRO (ANSR) e 422.624 pelas forças de segurança. Foram realizadas cinco ações de sensibilização com participação dos serviços das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, envolvendo 461 pessoas.
VELOCIDADE CONTINUA A SER A PRINCIPAL INFRAÇÃO
Durante a semana da operação, registaram‑se 23.724 infrações, com 14.829 por excesso de velocidade (14.820 no Continente e 9 nas Regiões Autónomas). As forças de segurança detetaram 4.150 infrações de velocidade (GNR) e 1.523 (PSP). A mensagem central das autoridades mantém-se: “Viaje sem pressa”, recomenda a ANSR — segundo a entidade, aumentar a velocidade em percursos curtos representa um ganho de tempo praticamente irrelevante face ao aumento significativo do risco de acidente.
ONDE ACONTECERAM OS ACIDENTES MORTAIS
Houve seis acidentes com vítimas mortais em Lisboa (2), Faro (1), Leiria (1), Portalegre (1) e Porto (1). Tipologia: duas colisões (ligeiros/pesado e via sobre carris), três despistes (dois motociclos e uma máquina industrial) e um atropelamento (peão, 75 anos). As ocorrências deram-se em quatro arruamentos, uma estrada nacional e uma estrada regional.
CRONOLOGIA DOS ACIDENTES MORTAIS
- 14/10 – Campo Maior (Portalegre): colisão frontal (ligeiro/pesado).
- 14/10 – Torres Vedras (Lisboa): colisão entre veículo sobre carris e ligeiro em passagem de nível.
- 18/10 – Carvoeiro (Faro): despiste de motociclo, colisão com poste.
- 19/10 – Golpilheira (Leiria): despiste de máquina industrial (empilhador) com capotamento.
- 19/10 – Oeiras (Lisboa): despiste de motociclo; atropelamento do passageiro por viatura ligeira.
- 20/10 – Porto: atropelamento de peão (75 anos).
TENDÊNCIA FACE A 2024: MENOS GRAVIDADE, MAIS OCORRÊNCIAS
Apesar de mais três acidentes face a 2024, houve menos uma vítima mortal e menos seis feridos graves, mas mais 81 feridos leves. A tendência sugere alguma redução de gravidade, com reforço da necessidade de prevenção da velocidade e proteção dos utentes vulneráveis (motociclistas e peões).
CAMPANHA VAI CONTINUAR ATÉ AO FINAL DO ANO
Esta foi a décima de onze operações previstas no Plano Nacional de Fiscalização 2025. Até ao final do ano será realizada mais uma campanha, com ações de sensibilização e fiscalização nas mesmas temáticas prioritárias: velocidade, álcool, acessórios de segurança, telemóvel e veículos de duas rodas a motor.

