BALANÇO DO CONGRESSO DO AZEITE DESTACA RUMO DO SETOR PORTUGUÊS
ALENTEJO É RESPONSÁVEL POR 90% DA PRODUÇÃO NACIONAL E PORTUGAL AMBICIONA SUBIR AO 2.º LUGAR EUROPEU ATÉ 2030
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Oiça o balanço do Congresso Nacional do Azeite
Disponível agora em formato áudio. Duração aproximada: 3 minutos.
O 8.º Congresso Nacional do Azeite decorreu entre 22 e 25 de maio de 2025, em Campo Maior, no âmbito da Feira Nacional de Olivicultura, com organização do CEPAAL. O congresso reuniu mais de 200 profissionais e 30 oradores, consolidando-se como o principal fórum técnico do setor em Portugal. Foram debatidos temas como sustentabilidade, valorização e identidade do azeite português.
PORTUGAL É MAIOR PRODUTOR DE AZEITE DE ALTA QUALIDADE DO MUNDO
Com produção próxima das 200 mil toneladas e exportações acima de 1,5 mil milhões de euros, Portugal ocupa já o 3.º lugar entre os exportadores europeus e é considerado o maior produtor mundial de azeite de alta qualidade. O setor está fortemente concentrado no Alentejo, responsável por cerca de 90% da produção.
NOVOS DESAFIOS: VALOR, COMPETITIVIDADE, ORGANIZAÇÃO E ADAPTAÇÃO
O Diretor-Geral da Consulai, Pedro Santos, apontou quatro eixos de intervenção: valor (com aposta no olivoturismo e diferenciação), competitividade (adaptada às exigências europeias), organização (com a criação da AIFO) e adaptação (face às alterações climáticas e novas tecnologias). A estratégia “Água que Une”, com investimento até 9 mil milhões de euros, foi apresentada como elemento-chave.
ESG É TENDÊNCIA E OPORTUNIDADE PARA O SETOR
Num dos painéis, Assunção Cristas destacou que os critérios ESG podem ser fator de valorização para o setor oleícola, se forem aplicados com realismo e transparência. A certificação carbónica, a circularidade e o uso sustentável dos recursos foram alguns dos tópicos abordados.
MARCA PORTUGAL E ALTA COZINHA COMO EIXOS DE VALORIZAÇÃO
A marca nacional “Portugal” foi defendida como ferramenta agregadora e de promoção do azeite engarrafado, com rotulagem clara da origem. Também o papel da gastronomia foi enaltecido, com a sugestão de formação especializada em escolas de hotelaria. O painel gastronómico alertou para a falta de literacia sobre azeite e apelou ao uso obrigatório na restauração.
AIFO ESTRUTURAL PARA O FUTURO DO SETOR
A criação efetiva da Associação Interprofissional da Fileira Olivícola (AIFO) foi amplamente defendida como pilar estratégico. Segundo os especialistas, esta entidade poderá captar cerca de um milhão de euros anuais para promover o azeite português no exterior, à semelhança da Interprofissional espanhola.
ENCERRAMENTO APELA À TRANSFORMAÇÃO DAS IDEIAS EM AÇÕES CONCRETAS
Na sessão de encerramento, o Presidente da CAP, Álvaro Mendonça e Moura, sublinhou os riscos da nova PAC e a necessidade de garantir financiamento estável para a agricultura, reforçando a importância da continuidade de programas como a “Estratégia Água que Une”. O autarca Luís Rosinha pediu a concretização das propostas debatidas.

